Resenha: A Corrente

Autor: Adrian McKinty | Editora: Record | Número de Páginas: 383 (ebook) | Ano: 2019

Tradutor: Clóvis Marques

Classificação: 16+

Nota: 4

Você não é a primeira e certamente não será a última. Lembre-se, não é pelo dinheiro. É pela Corrente.

 

Kylie foi sequestrada no ponto de ônibus por um casal que parece desesperado, ela nem imagina que um deles faria qualquer coisa para ter o filho de volta. Sua mãe Rachel está indo ao hospital saber se o câncer voltou quando recebe a ligação que sua filha foi pega e, se não fizer tudo o que "a corrente" quer, algo ruim vai acontecer.

O livro é dividido em duas partes, na primeira encontramos pontos de vista alternados, vamos acompanhando Kylie no porão, Rachel surtando por ser uma mãe ruim que não protegeu a filha e, ao mesmo tempo, organizando um plano para pegar uma criança e dar continuidade à corrente. Também vemos o ponto de vista das mentes por detrás da corrente, mas na segunda parte começamos a ver a infância de um casal de irmãos gêmeos e sua família, aos poucos o leitor descobre cada vez mais sobre as mentes malignas por detrás desse esquema; tudo isso intercalado com o ponto de vista de Rachel e sua família, que agora lutam para sobreviver depois de tudo que passaram.

Esse é um livro cheio de tensão, o autor soube manter o medo do início ao final, a angústia e a preocupação pelo que poderia acontecer a Rachel e sua filha. Tem um suspense na medida certa e foi uma boa leitura para se acompanhar. Confesso que na segunda parte a reviravolta estava bem óbvia, então nem me surpreendi.

O final é apressado, algumas situações são convenientes demais na história e talvez muitos não "comprem" tanto assim a ideia da pirâmide de sequestros, mas foi envolvente o suficiente para que eu gostasse da leitura. Não é o melhor thriller do mundo, o suspense não tem tantas reviravoltas, mas a trama tem uma boa linha de pensamento dentro do possível.

A história se desenrola de forma simples, então se você quer um suspense muito eletrizante, esse livro não é o ideal, mas se quiser ler uma boa tensão sem uma história tão mirabolante, esse livro com certeza é a pedida certa. Inclusive, gostei muito mais dele do que do livro A ilha, do mesmo autor.


Sinopse: Vítima. Sobrevivente. Sequestrador. Criminoso. Você vai se tornar cada um deles. Um thriller arrepiante.
O dia começa como qualquer outro. Rachel Klein deixa no ponto de ônibus a filha de 13 anos, Kylie, e segue sua rotina. Mas o telefonema de um número desconhecido muda tudo. Do outro lado, uma voz de mulher avisa que Kylie está no banco de trás de seu carro, e que Rachel só verá a filha de novo se pagar um resgate — e sequestrar outra criança.
Assim como Rachel, a mulher no telefone é mãe, também teve o filho sequestrado e, se Rachel não fizer exatamente o que ela manda, o menino morre, e Kylie também. Agora Rachel faz parte da Corrente, um esquema aterrorizante que transforma os pais das vítimas em criminosos — e, ao mesmo tempo, deixa alguém muito rico.
A Corrente é implacável, apavorante e totalmente anônima. As regras são simples: entregar o valor exigido, escolher outra vítima e cometer um ato abominável do qual, apenas vinte e quatro horas antes, você se julgaria incapaz.
Rachel é uma mulher comum, mas, nos dias que se seguem, será levada a extremos que ultrapassam todos os limites do aceitável. Ela será obrigada a fazer escolhas morais inconcebíveis e executar ordens terríveis.Os cérebros por trás da Corrente sabem que os pais farão qualquer coisa pelos filhos. Mas o que eles não sabem é que talvez tenham se deparado com uma oponente à altura. Rachel é inteligente, determinada e... uma sobrevivente.


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