Resenha: Black Buck

 

Autor: Mateo Askaripour | Editora: Astral Cultural | Número de Páginas: 432 | Ano: 2024 

Tradutora: Karine Ribeiro

Classificação: 16+

Nota: 5

NA MINHA ÉPOCA, QUANDO UM HOMEM BRANCO TE DAVA UMA OPORTUNIDADE, TINHA UM PREÇO.

Darren é um jovem negro que trabalha vendendo café e sempre que sua mãe ou alguém lhe pergunta quando ele vai dar um jeito na vida ou cursar algo, ele diz que está esperando o momento certo. É quando ele conhece Rhett Daniels, e após um episódio dentro da cafeteria, sua vida muda para sempre.

Darren começa a encarar um treinamento insano dentro da empresa de Rhett, em dado momento o racismo velado e as brincadeiras começam a ficar insuportáveis, mas ele se submete a essa situação. Então, Darren decide que está na hora de compartilhar seu aprendizado, pois ele é ótimo no que faz e quer que outras pessoas negras entrem no mundo corporativo, mas é aí que as coisas começam a desandar.

Nosso personagem principal tem um crescimento insano nesse livro, mas também tem uma grande queda devido ao enorme poder em suas mãos. Ele acaba tornando-se arrogante e tendo várias atitudes questionáveis, fora que lidar com o constante racismo obviamente o afeta de várias formas.

Esse é um livro sobre personagens que erram, sofrem, lutam e que sofrem traições e micro agressões de várias formas; foi uma grande monta russa de sentimentos para mim essa obra, apesar de me aborrecer com Darren muitas vezes, me coloquei no lugar dele e com certeza em algum momento teria tomado atitudes questionáveis em meio ao sofrimento.

Esse é um livro com muito humor ácido, críticas sociais interessantes e carregado de muita ironia para fazer o leitor questionar certas situações e atitudes.

O final do livro me surpreendeu demais, levei dias para digerir toda a história e só hoje vim aqui para falar sobre ela.

Aproveite para ler/conhecer Black Buck e embarque nessa jornada cheia de críticas.

Sinopse: Para darren, a vida é como ela é. O jovem negro, dono de pouca ambição, está satisfeito com a própria realidade. Nem de longe o rapaz exerce todo o potencial que sua mãe acha que ele, como melhor aluno da sala do Bronx Science, tem. Para ela, o filho pode ir muito além de ser um atendente da Starbucks localizada no saguão de um arranha-céu que abriga algumas das maiores empresas de Manhattan.

Mas tudo isso muda quando Rhett Daniels, o CEO de uma poderosa startup de tecnologia, enxerga o brilhantismo de Darren e o convida a ingressar em uma equipe de vendas de elite no trigésimo sexto andar. Após sobreviver ao treinamento ― e a muito racismo ― na “semana do Inferno”, Darren, a única pessoa negra na empresa, se reinventa como Buck, um vendedor implacável, bem-sucedido e irreconhecível para seus amigos e familiares. Entre os altos e baixos que a sua ascensão meteórica lhe proporcionou, Buck enfrenta uma tragédia pessoal e chega ao fundo do poço. Então, ele arquiteta um plano para ajudar jovens negros a se infiltrarem no mundo corporativo de alto nível, desencadeando uma cadeia de eventos que muda o jogo para sempre.

Com acidez e ironia, Black Buck é uma crítica afiada à força de trabalho, que explora ambição e raça, e abre caminho para uma nova visão da realidade do sonho americano.

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